24 de dezembro de 2011

Natal


"mais do que uma data de presentes,
mais do que os corações quentes,
mais do que a crença no Papai Noel,
trazendo seus famosos presentes, para pessoas carentes.
É natal,
tal data que é especial,
pelo nascimento de Jesus,
que foi morto na cruz,
para salvar,
aqueles que queriam o matar.
Jesus, o filho de Deus,
desceu aqui, morreu aqui,
deixando um exemplo de vida,
que deve ser seguida.
Que todos façam como tal,
e tenham um Feliz Natal!"

J.Marchandt

Fotografia


O sinônimo de fotografia é lembrança.

17 de agosto de 2011

Dor da perda


Como todos, ela não está preparada para a dor.
Sentiu, nesses últimos dias, muita dor. A dor de perder.
Não de perder um amo, mas de perder pra valer.
Ela sabia que sofreria se algumas pessoas partissem, mas não tanto.
Sorte, não sei, ela nunca perdeu ninguém.
Quando está diante da morte, não sabe o que dizer, na verdade a maioria das pessoas não sabem o que dizer diante da morte.
Dar um abraço, chorar junto, é o máximo a fazer.
Ela já esteve diante da morte. Mas a morte não a abraçou.
Certa vez, em casa, chegou um vizinho e disse que alguém muito especial havia levado um tiro. Sem saber o que fazer, chorou e orou. Não sabia o que fazer. Este foi o momento mais próximo dela diante da morte.
Ah, já estava a esquecer-me, uma vez disseram à ela que outra pessoa muito especial poderia estar muito doente e de pensar seu coração se entristeceu. Entristeceu.
Passados muitos tempos ela encontrou a realidade.
Quando alguém levou um tiro, ela não foi ao hospital. Quando alguém suspeitava estar com uma doença muito grave, ela não foi ao médico.
Agora foi.
Medo de perder.
Ela realmente não sabe lidar com a dor. Não com a dor de carne ou de alma, mas a dor de perder.
Ele estava com um rostinho tão choroso. Não sorria. Sentia dores. Chorava.
Ela ao saber de sua internação, sonhava. Não com a recuperação, mas com a perda.
Ao visitá-lo, lembrava das manhãs que era acordada com aquele sorrizão e com aquela voz que a chamava por um apelido infantil, único, de quem ainda não sabe falar nomes com a letra "R".
Ao visitá-lo, lembrava do dia que tomou muita chuva para não deixá-lo se molhar, lembrava dele a chamando para brincar... Lembrava.
Que medo da perda, pensava ela.
Se despedia enquanto ele chorava, pedindo para que ela ficasse. E saia chorando, com medo da perda.
Tinha a certeza que não estava preparada para a dor. Compartilhava o sofrimento de alguns. Compreendia.
_Ele está de alta! Disse a médica.
Alegria infinita.
Sinceramente dessa vez a morte passou muito longe. Até ela chegou apenas a reflexão.
Amar, demonstrar.
Abraçar quando alguém vier acordá-la, mesmo sem querer. Brincar, mesmo quando estiver cansada. Buscá-lo na escola, sem atrasos. Dividir o macarrão instantâneo e o chocolate é amor.
Talvez isso amenize a dor da perda. Para adultos e crianças.

2 de agosto de 2011

Confusão



Já não sei o que sinto.
Sei que não quero magoá-lo.
Há um tempo não penso em "nós" e não sei o que fazer.
Antes pensava no futuro, acreditava que seria possível. Hoje não penso em nada.
Por mais que ainda haja algo em você que eu admire, não sinto aquela falta.
Penso em milhares de coisas, mas você não é mais a primeira delas. É uma delas..
Eu queria entender o que está acontecendo com meu coração.
O que eu mais quero é saber o que Ele tem para mim. O que é que Ele quer.
Sonho com uma vida diferente da que temos, não sei o que conheço em dois anos.
Acho que não quero mais. Mas penso que daqui há algum tempo tudo pode mudar e... volto a não saber o que quero.
Preciso de um tempo pra saber se sinto sua falta. Falta de nós.
Não quero magoá-lo.
Com carinho e sem pseudônimos.

25 de julho de 2011


O criador conhece bem a criação e procura construí-la com o que há de melhor. Com o tempo a criação apresenta defeitos, lá vem o criador concerta e/ou aperfeiçoa, de repente a criação apresenta vontade própria e o que faz o criador? A deixa livre. Livre, ela não sabe cuidar de si mesma, não compreende seu próprio funcionamento, então volta e pede ao criador:"_ Faça a tua vontade!"

21 de julho de 2011


Na área de lazer de um prédio haviam duas crianças.
Uma mãe arruma o filho, coloca aquela sandalinha esportiva e carrega sua bicicleta.
O filho se cansa e então ela pega o chinelo do Ben10, mais confortável.
A mãe queria porque queria comprar uma bicicleta para o filho, mesmo que ele não quisesse. Ela sempre quis ter uma bicicleta quando criança, então daria ao filho. Normal. Pais desejam dar o melhor aos filhos.
O outro menino que estava na área de lazer, estava descalço, sujo, com roupas rasgadas e observava a bicicleta. Aproximou-se e perguntou: _ essa bicicleta é dele?
e a mãe do menino disse: _sim. Algo doeu em seu coração.
O menino andou, andou, andou em sua bicicleta até cansar-se e outro observou até cansar-se.
A mãe disse: _filho, deixa aquele garoto andar na sua bicicleta? e ele respondeu: _não, mamãe quero entrar, estoou cansado. Mesmo assim a mãe chamou.
O menino descalço, sujo, com roupas rasgadas mesmo com a insistência não andou de bicicleta e ficou observando, observando sozinho sem nenhuma criança.

Quando era criança tive uma bicicleta, mesmo aprendendo andar somente com doze anos. Gostava de ter uma bicicleta. Hoje o que eu gostaria é que todas as crianças tivessem uma bicicleta. Amanhã o menino cansado também vai desejar isso.

20 de julho de 2011


Há dias e dias.
Tem dias que preciso despedir-me de mim mesma.
Dias de crescer. Preciso crescer. Escolher.
Escolha por mim, assim não erro.
Tem dias que sei quase tudo e acerto de primeira, mas
se me metamorfosear for despersonalizar-se, eu aceito a condição.

19 de julho de 2011

Reencontro dos sonhos


Meu velhinho em Bodocó.
Comendo queijinho com doce de leite. Bodocó não fica em Minas.
Ele viajou e meu sonho começou a se realizar.
Meu velhinho me chamou e disse: "Vem vê as fotos!" Feliz.
Já voltou de viagem.
Lá, reencontrou parentes, chorou, relembrou naquele sítio a infância. Descansou da vida agitada de São Paulo e agora tem seus documentos de velhinho acertos em sua cidade. Creio que vai conseguir aposentar-se.
Me dói todos os dias pela manhã vê-lo sair com a velhinha para trabalhar. Eu chego e eles ainda não chegaram, muitas vezes chegam e dizem que não fizeram quase nada de dinheiro. Meu velhinho tem mais cabelos brancos que o normal para sua idade, são as preocupações.
E eu tenho mais sonhos que o normal para a minha idade.
Meu velhinho está tão feliz!
Ele é tão correto. Agora com a aposentadoria, vai fechar o bar, vai abrir uma loja e principalmente: vai com toda a família à igreja.
Meu sonho vai se realizar.
Quero ver meu velhinho feliz assim todos os dias, tendo a certeza que vai conseguir pagar as contas no fim do mês, tendo a certeza de que o tempo não o apaga da memória daqueles que ficaram em Bodocó.
Parece até que ele tem mais vida agora.
Meu velhinho é o melhor avô, pai, amigo que alguém pode ter.
Sempre achei baboseira essa coisa de que o pai é o herói do filho. Mas é verdade.
Meu avô é meu herói, porque ele tem tanto coisa na mente e mesmo assim se importa em saber como eu estou, se feliz ou triste, se as coisas estão dando certo na faculdade e até mesmo na igreja. Ele é correto, sensato, amoroso... ele é incrível.
Seu reencontro me proporcionou o início da realização do meu sonho.

ps.: pessoas perguntam: pra que você quer passar no vestibular? "_Quero conseguir com bom emprego, fazer mestrado e doutorado e comprar uma casa para meus avós, pais e tios, apesar de saber que Deus pode fazer tudo isso."
pessoas perguntam: qual os eu maior sonho? "_Dizer eu e minha casa servimos a Deus."

11 de julho de 2011

Diferença igualitária



Note a diferença entre a cor da pele e o branco dos dentes?
Mas não é exatamente disso que vou falar.
Há muito quero escrever, enfim...

Em um ônibus havia uma jovem rodeada por adolescentes desconhecidos. estranhos, na verdade. estranhos para ela, como jovem, mas absolutamente normais entre eles.
Ela estava bem no meio deles, ônibus lotado. São Paulo, às 12h, e o trajeto passa por pelo menos quatro escolas. Natural ter muitos adolescentes ali. De qualquer maneira ela não levantaria para ficar em pé e deixar os adolescentes livres para falar mais besteiras.
Dos que estavam ao seu redor, quatro eram brancos e um negro. Até aí não há nada de importante nisso. Seguindo.
Era perceptível que o garoto negro era mais novinho que os outros. mais pobre que os outros, pelas roupas e material escolar e principalmente: mais inocente.
O que a irritava não era a presença dos adolescentes, porque ela gosta muito de adolescente, mas seus comportamentos.
Tudo o que ela ouvia a levava à reflexão. Os brancos faziam o garoto negro de bobo, xingavam mãe, pai, eram estúpidos e estragavam o pouco material que o garoto negro tinha. Mesmo assim, ele permanecia com eles.
Eles falavam que o menino era fedido, era burro, pretinho, não pegava ninguém e mesmo assim o menino permanecia ali.
Ela pensava: "Que bom que você é diferente!" e ao mesmo tempo pensava: "Por que você quer ser como eles?"
O menino negro era diferente, mas queria ser igual.
Igual, por/que infelizmente o mundo é injusto?! Talvez.
A agonia da jovem a observar isso foi tão grande que ela exclamou:"_COMO VOCÊS SÃO BOBOS, IDIOTAS!!! Por que fazer isso?" E eles pararam. E ela chorou.
De verdade, o nenino negro era o mais lindo, tinha a pele mais uniforme que ela já viu, tinha o sorriso mais lindo, o jeito mais fofo e não precisava passar por aquilo. Ele foi o único que a respondeu e disse: "_Não fala assim com os meus amigos!"
Ela entendeu, deu sinal e desceu do ônibus.
Entendeu que certamente para aquele menino, aqueles garotos eram realmente seus amigos, talvez porque ninguém além deles quisesse a companhia dele, talvez porque em enrrascada eles fossem os únicos a defendê-lo. Mas a principal coisa que ela entendeu é que no tempo certo ele compreenderia o seu valor.

8 de julho de 2011

Estrangeiro


Meu nome é Suk.
Não sou mais criança.
Vou falar um pouco da minha infância.
Sou da Coréia do Sul, não vou entrar em detalhes referentes a meu país, apesar de sua história interferir diretamente na minha.
Meus pais também são coreanos, me planejaram.
Eu era uma criança feliz. Com a crise econômica minha família decidiu morar no Brasil, na prefireria do estado de São Paulo.
Passei boa parte da minha adolescência indo trabalhar com meus pais na "Feirinha da Madrugada", no bairro do Brás. Via adolescentes entrando e saindo de uma escola técnica que tem por ali, todo dia eles compravam uma coisinha ali e outra aqui, enquanto meus pais tinham que passar a madrugada, a manhã e a tarde toda vendendo bujigangas para pagar as contas e comprar alguma coisinha para mim, no fim do mês.
Parece que não, mas a situação ainda era melhor que na Coréia.
Hoje eu sou jovem e meus pais estão muito doentes. Hoje sou eu quem trabalho na feirinha, sou eu que não concluí os estudos. As coisas mudaram porque não estou brincando na feirinha, estou trabalhando, mas ainda observo aqueles outros jovens da escola.
Hoje eu vendia gravatas e lenços, 'tlês por 10', tenho amigos que vendem bolsas por 'tlinta real', aqui vem gente de todo o tipo. Quando vendia minhas bujigangas tinham duas meninas que compravam e conversavam, ouvi uma delas dizer: "_Ai, quero muito ir aos EUA, mas não quero ficar como essa gente." Não soube o que pensar. O que é essa gente? Por que somos vistos como 'os estranhos'? Os miseráveis?
Vir para outro país sem saber a língua é difícil, abandonar sua cultura e ainda ser tratado como um objeto que se compra e vende, ouvir as pessoas dizendo que somos grossos e comemos comida fedida. Não sonhava com isso na minha infância. Nunca sonhei com isso. Sonhava em estudar como aqueles jovens, em viver na minha terra, em ver meus pais bem, que adoeceram de tanto trabalhar nesse lugar.
Sim, não sabemos a língua, sim, somos diferentes, sim, vendemos tudo mais barato, porque no seu país a miséria é tanta que se não vendemos nossa própria alma pra você saciar seu desejo de consumo, morremos você e eu, você porque não tem como comprar o original, eu porque não vendo, não como, não...minha comida fede? Fede! Mas não tenho outra. Também não quero, moça, que você viva nos EUA, o que eu vivo aqui. Mas lá você não será muito diferente de mim aqui.
Eu era bem tratado e queria ser engenheiro, hoje estou acabado e sou vendedor ambulante... por isso prefiro fotos minhas na infância.

6 de julho de 2011

O poema


O poema me levará no tempo
Quando eu já não for eu
E passarei sozinha
Entre as mãos de quem lê

O poema alguém o dirá
Às searas

Sua passagem se confundirá
Como rumor do mar com o passar do vento

O poema habitará
O espaço mais concreto e mais atento

No ar claro nas tardes transparentes
Suas sílabas redondas

(Ó antigas ó longas
Eternas tardes lisas)

Mesmo que eu morra o poema encontrará
Uma praia onde quebrar as suas ondas

E entre quatro paredes densas
De funda e devorada solidão
Alguém seu próprio ser confundirá
Com o poema no tempo

Sophia de Mello Breyner
(1919-2004)

29 de junho de 2011

Conquista


"Os degraus
Não desças os degraus do sonho
Para não despertar os monstros.
Não subas aos sótãos - onde
Os deuses, por trás das suas máscaras,
Ocultam o próprio enigma.
Não desças, não subas, fica.
O mistério está é na tua vida!
E é um sonho louco este nosso mundo..."

(Mário Quintana)


Eu subi. Realizei. IC concluída, Paloma querida :)

27 de maio de 2011

Hoje é dia de você



Tenho tanta coisa para dizer.
Mas não sei.
Fato. Eu queria te ver.
Passar esse dia todo com você, mesmo que sua atenção tivesse que ser dividida com todo esse montão de gente que gosta de você.
Passar o dia, nem que seja para estar perto. Para observá-la. Para demonstrar todo o meu afeto com um sorriso, com um abraço, com a presença.
Queria que hoje só acontecesse coisas boas, que estivesse meio frio, mas que você conseguisse ver o pôr-do-sol, que o aroma fosse como o das flores, que o tratamento como o das princesas e que o dia, mesmo tendo seus altos e baixos, fosse como nos contos de fadas, onde o começo pode até ter dificuldades mas certamente o fim será feliz. No fundo, tudo o que eu queria é ter a certeza de que você estará bem.
Certamente só conseguirei pensar em você o dia todo, afinal "hoje é dia de você".
Vou sentir saudade de tudo e de nada. De tudo porque o que vivemos, as noites conversando, as lembranças e até mesmo as tristezas que compartilhamos, fizeram de nós essa metamorfose e principalmente irmãs. De nada porque entendo que, se hoje, não estarei com você, não é porque não queremos, mas porque naturalmente seguimos diferentes caminhos que não nos impedem de estarmos juntas, apenas distantes.
Sinto que aos poucos você parece aceitar os balões e fico tranquila porque no fim eu sei que você encontrará o príncipe encantado, que vai falar gíria, vai ser um pouco gordinho, talvez palhaço e um pouco devagar (esse perfil não parece muito com de um príncipe), mas com toda a certeza te amará porque você é única no mundo, se esforçará para compreendê-la, para ser o melhor homem que você mereça. Por isso ele será um príncipe.
Hoje, espero que você ouça a canção que mais deseja ouvir, a voz de quem mais ama, a presença Dele, quem mais te ama, que vá ao lugar que se sente melhor, que se sinta muito linda, porque de fato você é. Com esses cabelos dias liso e ondulado, com um estilo de menina mulher, com essa voz que que decifra a esfinge, com esse jeito que a torna tão especial.
Que hoje, até aquilo que mais te entristece você possa enxergar de modo diferente.
Que hoje você possa lembrar, pelo menos um minutinho que eu a amo muito. Quem sabe assim, se alguma coisa der errado, você possa se tranquilizar com a certeza de eu estarei sempre aqui. Seja no Brasil, ou em Portugal, eu estarei sempre aqui.

8 de maio de 2011

Meu velhinho


Toda vez que eu chego para lhe pedir a benção e digo: "_Iaê vozão?", o senhor responde: "_Deus te dê juízo!" e eu saio dando risadas.
E agora eu estou sentindo uma vontade enorme de lhe dizer a mesma coisa.
Vou relembrá-lo algumas coisas...
Lembra daquela minha fasesinha, a qual não morava com o senhor, que eu saía bastante, chegava super tarde e sempre parecia algum amigo do senhor pra dizer: "_Vi sua neta ontem de madruagada..." e o senhor sempre desviava o assunto?
Lembra, quando dei uma série de mancadas e já sem aguentar magoar tanto a minha família, reuni todos vocês na sala e chorando, quase sem conseguir, inundada de lágrimas pedi perdão?
Lembra, quando a mamãe foi apresentar o novo namorado dela e eu fiquei derrubando a motoca no pé dele toda hora e o senhor mandava eu parar e eu de pirraça fiz isso mais de dez vezes e o senhor disse: "_Vamos conversar." me levou para o quarto e em silêncio me deu um tapa na mão com aquele seu chinelo terrível? Foi a única vez que apanhei.
O senhor deve lembrar de um montão de coisas, como quando fui atropelada (três vezes), de me ouvir falar 'badesco' e uma série de coisas como 'vovô' pela primeira vez.
E quando o bebezão, com apenas dois aninhos, imitava o barrigão do vovô pra alegrar a manhã de todos nós?
Engraçado, lembrei de duas coisas agora... quando lhe apresentei meu namorado e fiz 'aquele' jantar e o senhor me olhava como quem dizia: "_Agora está querendo cozinhar, mocinha? Quero só vê, hein!" e olhava para a cara dele como quem não quer dizer nada e não disse. Também lembrei da primeira vez que ele foi dormir lá em casa, o senhor não falou nada e foi dormir, já a vovó só foi dormir quando eu fui dormir.
Tem coisas que eu melmebro mais, como quando passei no vestibular, como a bolsa de iniciação científica e vê o senhor falando de mim super orgulhoso para seus amigos velhinhos me deixa super feliz.
Mas tem uma coisa que me lembro mais!
Eu estava em casa, junto com minha tia e de repente o vizinho chegou dizendo que o senhor tinha levado um tiro, num assalto. A minha tia do mesmo jeito que estava vestida, saio desesperada querendo saber onde? Como? E quando? Eu não podia sair de casa porque tinha que ficar com o meu primo mais novo, então só consegui ajoelhar e pedi muito, muito a Deus que não tivesse acontecido nada. O senhor ficou dias internado, mas o tal barrigão de livrou de uma... graças a Deus.
E agora, vão lhe assaltar de novo e o senhor com essa mania de herói quer reagir?
Posso até entender, ou tentar entender, que era muito dinheiro, era importante... Mas como o senhor pode ser tão egoísta a ponto de não pensar em mim? Eu já quase te perdi uma vez. Se aqueles caras tivessem atirado no senhor? Como a família iria ficar? O senhor, melhor do que ninguém, sabe que é o patriarca da família. Suas irmãs, irmãos, filhas, netos, sobrinhos, todos esperam sua ajuda, seus conselhos. E eu não quero nem imaginar... não suporto imaginar...
Lembra do senhor dançando comigo na formatura, no lugar do meu pai? Lembra de mim pedindo um trocado para o lanche da escola? Lembra?! Lembra de mim quando esses impulsos malucos vierem, lembra, por favor!
Eu quero lembrar do senhor na minha formatura da faculdade, lembrar do senhor nas miinhas bancas, lembrar do senhor no meu casamento. Mas coopera pra estar presente nos meus sonhos.
Você faz parte de mim. Eu me orgulho tanto do senhor.
Se cuida, meu véio, meu vozão. E agora eu que lhe digo: "_Deus te dê juízo!"

4 de maio de 2011

Fotografia


Hoje eu descobri o que é uma fotografia para mim.
É você ter como reviver aquilo que mais te fez feliz.
É você dormir super tarde porque ficou horas curtindo algo que você jamais viverá novamente.
É você não ter nada para fazer e ficar olhando com cara de boba o que ficou eternizado na tela do computador.
Perder uma fotografia é como perder a própria história.
Nos casamentos sempre têm retrospectivas e as pessoas sempre comentam: "_Nossa como aquele casal tinha poucas fotos."
E eu tinha tantas.
Tantas.
Cadê a minha história?
Aonde estão os meus sentimentos. Os sorrisos. As doçuras.
Não estão mais na tela do computador.
Hoje quando deu vontade de reviver momentos como Paranapiacaba, Natal, o livro do "Nós", não havia nenhuma fotografia que marcasse aqueles nossos momentos.
Então senti saudade, muita saudade, vontade de tirar todas as fotos que representassem um ano e dez meses de namoro, mas não tem como...
Fotografia programada não representa nada, a não ser a representação.
Hoje vai ser um dia daqueles sem você.
Nossos caminhos estão um pouco distantes, eu entendo, e agora nem tenho mais como olhar pra você durante a semana.
Queria as fotografias de novo.
Pra relembrar o quanto fomos felizes.
Pra reviver tudo que ainda vamos viver.
Fotografias...
Fotografias...
mariebinho *-*

27 de abril de 2011

Como uma borboleta


Em constantes mudanças.
Ela estava no chão e pude a observar por longos e marcantes três segundos.
Era como me ver.
Quem fez isso com ela? Quem a impediu de voar?
Ninguém tirou suas asas, mas ela já não podia voar, parece que ela está assim já faz quase duas semanas.
Uma vez tentaram fazê-la parar de voar mas ela conseguiu fugir.
Não sei ao certo se quem a fez parar de voar, fez por querer.
Já teve vezes... uma borboleta entrou no meu quarto e para fazê-la voar a fiz pousar na vassoura e ao conduzí-la para a janela ela se machucou e não voou mais.
Talvez voar seja sinônimo de liberdade e por isso ele a faz voar, mas ao mesmo rempo estar presa lhe transmita segurança. Não sei.
Sei que ao observar a borboleta voei e por ela fui conduzida à um interior de sentimentos e emoções aos quais divido com ela. Certamente ela não queria estar ali. Vunerável, presa ao chão, mas ao mesmo tempo assim outros podiam, como eu, observá-la.
A borboleta tinha vontade de expressar tudo mas não pode falar. O que falaria para quem a condicionou àquela situação? De vôo e de prisão.
Por que sou a borboleta?

18 de abril de 2011

Entrevista



Posso dar como título para o dia de hoje 'experiência incrível', para o dia e não para o texto.
Para o texto vai o nome de entrevista mesmo porque é assim que o resumo bem. Os detalhes compartilho agora.
Ao primeiro contato pareceu-me tão áspero e ríspido que temia encontrá-lo. Sua esposa parecia ser a simpatia em pessoa, mesmo assim, ansiedade, medo, nervosismo e tensão tomavam conta de mim.
São 'apenas' trinta livros publicados, trinta e poucos anos dirigindo o jornal "O Estado de São Paulo", coordenador do circulo Fernando Pessoa, logo não falaria com qualquer pessoa, mas quando o vi muito tornou-se claro.
Intelectual como nunca tinha visto. Tão doce. Diferente do que me parecia.
A idade só mostra o quanto sabe.
Foram quatro horas inimagináveis de muito compartilhamento intelectual, de ouvir a beleza da história da literatura portuguesa e...
Ao mesmo tempo ver como a juventude é quem é realmente áspera e ríspida.
assim é perfeitamente aceitável e compreensível que num primeiro momento alguém que quase não se ouve falar, mas tem muito a dizer, um homem que foi 'esquecido' nem sei porque por uma juventude intelectual que se acha superior, por ser juventude, tenha no mínimo receios de falar com uma jovem que ainda está no meio de seu curso. Desconhecida.
Recebe-me com humildade numa riqueza singela.
De repente a esposa autêntica diz: "_Meu marido não sabe o valor de seu cérebro, meu filho não se conforma." Envergonhado, o belo senhor dá risada e diz para não lhe dar atenção.
Digo sobre simpósios e congressos aos quais participei e ele desconhece porque ninguém lhe avisou ou convidou. Agora como falar de um jornal como o "Portugal Democrático" sem mencioná-lo?
Senti dor no coração.
Com toda a simpatia passamos quatro longas horas conversando e ficaria a tarde toda ali, se pudesse, não apenas pelo conhecimento intelectual compartilhado, mas principalmente por ver sua felicidade ao me ver ali. Por sentir que há muito um jovem não lhe dava atenção e que mesmo tendo um compromisso, logo a tarde, ele tinha alegria em conversar comigo.
Uma manicure interesseira que não faz nada direito 'roubando' dois senhores, ao invés de aproveitar o momento para crescer e se algum deles fala alguma coisa ela ignora como se estivesse fazendo um favor em estar ali. Por quê?
Um motoboy mentiroso que pede assinatura e sai rindo da inocência de quem poderia conversar horas com ele e ensinar-lhe como ser uma pessoa melhor.
Senti muita dor no coração.
Como aprendi. Como foi bom.
Não pelos livros que ganhei porque são detalhes.
"Ai a minha terra."
"Vamos para Portugal."
"Queres participar de uma sessão sobre Amália Rodrigues? terei prazer em recebê-la!"
"De-me cá, deixe-me autografar para ti: '_ Para a querida Mariane Tavares.' (Oh Tavares es português)"
Nunca esquecerei esse dia.
Desejo muito que fiquem bem.

A entrevista foi de graça e se fosse cobrada seria impagável.
Enfim... para mim não teve um fim.

14 de abril de 2011


Uma vez me disseram que tu es uma jóia.
Diante de um mundo tão feio como o nosso já sabia disso só não sentia.
Mas os dias passam e viver é sentir.
Realmente, como tu não existe.
Tua pureza e responsabilidade me encantam. Como tu podes ser tão assim? Sei lá.
Fazendo uma análise diante de todos, poderia até ser que tu não tivesses nada de diferente.
Mas ao ouvir tua voz, tuas novidades, me contento em orgulhar-me de ti.
Vejo teus planos, teu futuro e vejo principalmente o quanto és singular.
Sonho em ir para Portugal e tu para Alemanha, mas ao veres a possibilidade de viajar pensas em levar-me para Portugal?
Quem é como tu?
Tens prazer em sonhar comigo, em apoiar-me e ser e dizer tudo o que preciso.
Então vejo que como tu são raras as pessoas.
Auxilia a teus pais, trabalhas, estudas, divertis, tocas, es meu amor e meu grande amigo. E te sentes feliz em compatilhar tua vida comigo.
Amo-te como nunca amei alguém e a cada dia amo-te mais por sentir que tu es minha jóia a qual devo cuidar e lapidar-me para sermos sempre felizes.

O feriado está chegando, Amor. Não vejo a hora de terminar todos os relatórios e trabalhos para ficar contigo.

11 de abril de 2011


Sabe?
Digo isso sempre mas... o dia não tem graça nenhuma se eu não falar com você.
Ainda não podemos nos ver todo dia e isso me faz sentir sua falta danada.
São poucos minutos, às vezes segundos, mas o dia só começa bem se a sua voz for a primeira que eu ouvi.
Logo o seu rosto vai ser aquele que vou ver todos os dias quando acordar e isso me faz muito bem.
Como amadurecemos nesse tempo.
Já superamos certas fases e hoje só conseguimos rir.
Definitivamente a gente se entende.
Sinto sua falta várias vezes durante o dia.
Lembra do carinho que eu faço no amor? Espero que você o sinta essa semana.
Nossa plantinha, mesmo no outono vai muito bem, você rega um pouquinho ali e eu rego um pouquinho aqui e daqui alguns poucos anos dela se formará um lindo bosque onde colheremos os frutos do bem que fazemos um ao outro.
'palavras não podem expressar o que sinto em meu coração', é uma felicidade tão grande. É como se um mais um que seria dois permanecesse um porque o que te/me preocupa alcança diretamente o outro.
Em dias de frio você me esquenta. Admirar seu sorriso lindo me faz ver que tudo ao seu lado vale a pena. Não existe ninguém igual você e por isso es único para mim.
Amo você!


parabinho*-*

5 de abril de 2011

Inspiração


"O sonho encheu a noite
Extravasou pro meu dia
Encheu minha vida
E é dele que eu vou viver
Porque sonho não morre."

Adélia Prado

Boa epígrafe.
ando tão sem inspiração.
Sem vontade de escrever ou até tendo, mas sem ânimo.
Sem ânimo de estudar, de ler, de cantar, viver...
E o que fazer?
Acho que preciso sonhar.

24 de março de 2011

Saudade é estar acompanhado do amor, mas não da pessoa amada.





Saudade da mamãe, da irmã chata, de algumas amigas e do namorado.

adap. Pablo Neruda.

18 de março de 2011

Solar


"Minha mãe cozinhava exatamente:
Arroz, feijão-roxinho, molho de batatinhas.
Mas cantava."

(Adélia Prado)

Adélia Prado é brasileira.
Não sei porque sempre gostei de literatura portuguesa mais do que todas as matérias.
Já justifico que a poeta (hoje já não há mais distinção entre poeta e poetisa) é brasileira, no início, para ninguém confundir as coisas.
A última aula de literatura portuguesa foi incrível, nada como uma SMSS, mas foi incrível.
Acho que a maioria das pessoas que lerem esse poeminha, devem achar, no mínimo, sem graça, mas tem muita coisa a se extrair dele.
Primeiro. Tem características de poema romântico. Talvez pergunte: como? nem fala de amorzinho, mas fala.
Se dividirmos esse poema em duas partes, podemos fazer duas análises. uma social e outra psicológica.
'Minha mãe cozinhava exatamente:/ arroz, feijão-roxinho e molho de batatinhas', ao dizer que sua 'mãe cozinhava' o eu-lírico afirma a condição de sua família visto que cozinhar é uma tarefa doméstica que é realizada por empregados em casas de famílias ricas; neste caso a mãe cozinhava, ou seja, é possível que a família tenha uma renda tão mínima que além de não poder pagar uma empregada doméstica, ainda não tem dinheiro para comer fora. Não o bastante, os alimentos são de um cotidiano simples, e é exatamente aquilo que eles comem que os define, o cardápio não se altera e falta até o que popularmente é chamado de mistura. Socialmente esta família é de baixa renda e pertencente a uma das menores classes sociais existentes na sociedade, suprem suas necessidades e não há privilégios. Reparem na pontuação, ao falar dos alimentos, mesmo fazendo uso da palavra 'exatamente' que ao mesmo tempo que especifica o que vai vim a dizer, também pontua a frase, a poeta marca com dois pontos a sequência e no fim desta, a virgula antes do 'mas' que é uma locução adversativa, que gramaticalmente é esperada, é substituída por ponto final, ou seja, delimita o que foi dito e introduz um novo aspecto.
'Mas cantava'.
O cantar da mãe nos leva à uma interpretação psicológica, porque com a situação singela da família, tendo que cozinhar, o que o leitor espera é uma reação negativa de tudo isso, mas contrariamente ela canta. A mulher é feliz por ser mãe, por cozinhar, por ter o que comer e a expressão dessa felicidade é seu canto. A partir daí o titulo torna-se revelador de três maneiras, sendo a última minha preferida: 1) solar pode ser a junção das palavras só + lar, ou seja, a mãe é quem cuida, é a principal responsável pelo lar e está só em seu lar, nela se constrói toda a unidade do poema. Mas essa hipótese pode ser contestada pelo simples fato de que se há alguém narrando esse cotidiano e esse alguém não é a protagonista, no caso a mãe, esse alguém é seu filho, logo a mãe não estava só, alguém observa seu comportamento e o narra com certo tom de admiração. 2)solar pode ser compreendido como o truncamento das palavras sol + lar, o sol comumente representa alegria, luz e consequentemente paz, bem, é como se o que realmente importava no lar era o brilho do sol, representada na retórica do narrador que com o canto da mãe, consegue legitimar a ideia de que é possível viver em um lar humilde e ser feliz. 3) solar significa 'casa grande', parece contraditório afirmar em todo o poema a pobreza da família e colocar solar como titulo, mas se pensarmos que a alegria, a admiração, a educação que aquele lar recebia pela figura da mãe é equivalente a grandeza e ao luxo de um solar, subjetivamos o concreto em abstrato e independentemente do retrato humilde da familia o que acaba marcando mais, em todo o poema, é seu último verso 'Mas cantava', seja qual fosse o problema aquela mãe seria feliz porque o que importava era o que eles tinham e não o que não tinham.
O poema é tipicamente romântico por tratar da vida cotidiana, de elementos da natureza (sem restringir-se ao natural de paisagem, mas à cultura popular também), por expressar o que vem do coração sem obedecer as formas estruturais de um poema clássico, entre outros.

Pensar este poema me fez analisar a vida hoje.
Se voltarmos a autobiografia de Adélia Prado veremos que as informações do poema condizem, em outros poemas, com sua realidade de infância.
Observando a semana, podia ver o poema em minha vida. Mas já não estou na infância.
'Mas' é o que importa, lembrando que sempre o que faz a diferença é o que está depois do 'mas', a questão é que aqui dificilmente alguém aqui canta.
Que impacto teria o poema se fosse:

"Minha avó cozinhava exatamente:
arroz, feijão-roxinho e molho de batatinhas.
Mas meu avô permanecia preocupado
porque a comida alimentava MAS as contas não pagava."

Dessa maneira o poema deixaria de ser romântico e passaria a ser 'realista'.

Queria que o canto estivesse no fato de estarmos aqui e alimentados, afinal a mulher cantava e olha o que está nas lembranças de Adélia Prado e de todos nós.

"Moral da história: é possível ser feliz, depende de como você encara as coisas.'

10 de março de 2011

Brilhar por Ti (♪)


Às vezes parece que ser um cristão
Não é fácil em meio à escuridão
Inda mais se eu pensar que não é minha luz
Mas a união com Deus que o brilho produz.

E as vezes parece difícil entender
Que o cristão é exemplo mesmo sem querer
E por isso mesmo eu preciso orar
Pra que Deus me ilumine e assim eu possa brilhar

Às vezes eu temo que vou fracassar
Pois eu sei que errei e continuo a errar
Mas se a minha luz parece extinguir-se
Meu Deus me dá força pra prosseguir.

Não importa o quanto eu tente me esforçar
Eu só posso vencer se Ele me ajudar
E é quando percebo, meu esforço é vão
E o que devo fazer é segurar Sua mão

Senhor eu quero brilhar por Ti
Quando o mundo se apagar
Eu quero que através da minha vida
Alguém possa Te enxergar
Faze com que, mesmo sem palavras
Eu fale do Teu amor
Eu quero brilhar por Ti
Brilhar onde quer que for.

E quando minha luz parece vacilar
É só me unir àquela luz que a todas faz brilhar.

(Leonardo Gonçalves)

4 de março de 2011

Minhas férias


Quando estamos no ensino fundamental, é comum voltar as aulas e a professora pedir uma redação com o titulo 'Minhas férias', quem nunca escreveu?
Para falar a verdade eu sempre achei chato ter que contar o que tinha me acontecido, não sei se era porque a professora sempre ficava sabendo de tudo ou se era porque não tinha nada para contar.

Mas hoje tenho prazer em fazer a dita cuja redação. Primeiro porque nenhuma professora vai ler, segundo porque tenho muito a dizer.

Minhas férias foi molhada como a areia da praia. O melhor é que foi molhada com um pouco de mar, molhada pelos bichinhos do zoológico, molhada com a história da independência do Brasil, molhada pela água do aquário, molhada pela água da piscina, molhada pelo rio bravo, mas principalmente foi encharcada de Amor.

Nessas férias vê-lo dia sim e dia não foi incrível.
Lembra quando você disse: "_ Nossa, eu já não fico em casa. Trabalho, estudo e minhas férias estou com você. Acho que quando a gente casar não vai fazer muita diferença lá em casa." nunca tinha parado para pensar nisso.

Quando a gente é criança parece que as coisas são legais, mas quando se é adulto descobrimos que as coisas são realmente legais quando temos com quem dividí-las.
Ter um verdadeiro amor é mais importante que qualquer passeio. É saber que tem alguém que nos ama e que adora passar o dia com a gente. Alguém que se preocupa em provar a cada dia o quanto você é importante para ele.
Você não se importa em acordar cedo em pleno sábado para acordá-lo para trabalhar, afinal você sabe que é com o crescimento dele que você cresce também. É apoiando o futuro dele que você constrói o seu.
Quando a gente ama, a gente sente vontade de falar com a pessoa a todo momento. Sente vontade de tocá-la intensamente, abraçá-la, beijá-la e dizer à ela e ao mundo o quanto você a ama.
Você se preocupa com o bem estar dela e sente vontade até de apremder matemática só para ajudá-la no desenvolvimento do TCC. Também sente vontade de aprender inglês porque sabe que isso é importante para a sua pessoa e seu progresso profissional.
E por enquanto você vai enrolando e dando uma ensinadinha de espanhol, só para ele ficar feliz, já que espanhol ainda não é tão importante quanto inglês.
Você adora poemas e adora falar-lhes, assim deixa aquele clima de romance no ar, que sabe traduzir bem o que ambos sentem:

Nuestros Momentos (Oriza Martins)

Son encuentros de ternura y de magia/Que este fuerte sentimiento propicia/Y arrebata /los más puros pensamientos.../Tienen amor, tienen cariño, obsesión,/Amistad, alegría, adoración,/E tienen mucho, mucho más.../...Nuestros momentos.../Son centellas y chispas de amor en el aire/Son promesas envolventes en el mirar/Y en el pecho, tempestades de emoción.../Yo te miro, tu me miras, nos deseamos,/Yo te quiero, me convidas, nos amamos,/Y el amor nos envuelve en pasión.

Nossos momentos são encontros de ternura e de magia/ Que este forte sentimento propicia/ E arrebata/ os mais puros pensamentos.../ Têm amor, têm carinho, obssessão,/ Amizade, alegria, adoração,/E tem muito, mas muito.../... Nossos momentos.../São fagulhas e centenas de amor no ar/ Son promessas envolventes no olhar/ E no peito, tempestades de emoção.../ Eu te olho, tu me olhas, nos desejamos,/ Eu te quero, me atrais, nos amamos,/ E o amor nos envolve em paixão.

Sabe o que é melhor em tudo isso?
Além da companhia o companheirismo. Quando se é criança, não dá pra descrever nas redações das 'minhas férias' coisas ruins. Mas quando se é adulto e se tem Amor, você você chorar e desabafar as tristezas da infância, que a sua pessoa estará ali para ouví-la, para lhe dar a mão e dizer que a ama e que vai construir, com você, uma família linda.

Mais que ir ao zoológico e viver um dia de 'mãe', mais que ir ao museu do Ipiranga, mais que ir ao aquário, mais que ir ao parque aquático e ao hopihari. Estar com você no frio de baixo das cobertas, assistindo filme e tudo que existe em você fez as férias muito especiais.

Mas faz a vida completa.

Te amo, Amor!

1 de março de 2011


Eu sinto a sua falta cada hora do dia. Eu sinto tanto a sua falta, que nem consigo explicar.
Eu queria que você estivesse aqui agora, que a gente estivesse vendo filmes e comendo besteiras, falando da vida, do presente, do futuro, fazendo planos, ou nada disso. Eu queria você aqui pra te olhar enquanto você dorme. Você sempre dorme! Mas sabe, eu te amo assim.
Quando é que você vem?
Chega logo, Amor.







(Pra te contar os meus segredos)

carta para uma amiga


(... que recentemente terminou o namoro.)

oi, espero que esteja bem!
há muito não nos falamos e olha que nos vemos todo fim de semana.
acho que já são quase cinco meses sem falarmos de coisas que são realmente importantes para nós.
aconteceu coisa pra caramba na sua vida e eu não pude acompanhar, talvez pela distância, não sei. Só sei que soube da sua vida pelos intermediários.
gostaria de tê-la ajudado nesses últimos contratempos, parece que veio tudo de uma vez. E você com essa mania de não querer incomodar, nem preocupar, acaba na sua. Ainda bem que temos outros amigos, mas maduros que eu, que podem fazê-la forçar falar alguma coisa.
querida,
tenho observado muita coisa.
espero que tenha tomado a decisão certa. Tem certeza que não quer aceitar o balão?
tem certeza que não era feliz o suficiente com aquelas máquinhas de parque com bichinhos de pelúcia batalhados a dedo por você?
certeza de que vale a pena abrir mão de quem se esforça em fazê-la feliz? Mil pessoas já lhe disseram isso, eu sei.
sei que ao mesmo tempo que você abre mão de quem lhe fez tanto bem, também está abrindo mão de alguém que muitas vezes não teve tanto compromisso assim... com as mesmas coisas que você, de alguém que demorava à perceber que precisava demonstrar um mínimo de cavalheirismo com e por você.
Mas o que me pergunto é... pesando na balança, aquilo que é princípio de valor, era tão diferente assim? foi tempo demais, foi amor demais, foi respeito, fidelidade, sei lá... parecia ser tanta coisa.
só não quero que se engane e depois veja que assim como em uma hora está bom e segundos depois não está, uma hora esses sentimentos vão estabilizar-se, e neste momento quero que você esteja bem, melhor que antes.
sei que você é esperta o bastante para saber quem é realmente sincero com você. não deixe que ninguém lhe engane com falsas promessas.
você é tão linda, tão meiga, tão forte. tão importante.
antes de pedir para ele desgostar de você, tenha a certeza por si mesma que não gosta mais dele, sem precisar de parasitas.
só quero vê-la bem. bem.
amo você, princesa.
Um grande beijo,
Sua 'irmã' mais velha.

*-* 28 dias.



Do que eu falo?
Tão curtinho.
Foi só o tempo de redescobrir o quanto podemos ser felizes.
Ué, já acabou?!
Iaê, o que fazer?

Dias de beijos e afagos
de provas de risos.
Para sempre é o Sherek mais bonito
sabe por quê? por reconquistar Fiona.

Tá, já sei. Sou mesmo semelhante a Fiona.
A diferença, talvez, é que tenho aparência delicada, mas por dentro ogra. Não sei.
Sei que você deu brilho para uma história que há muito não via vestígios de felicidade.

tão curtinho.
foi no curtinho do ano passado que você publicou algo que dizendo que me amava.
É no curtinho desse ano que você demonstra o quanto me ama.
Já disse, simplesmente pela presença. não pelos andares.
não quero esperar pelo curtinho do ano que vem.

que tal fazermos dos longos, nossos curtinhos de amor como os americanos?

'Valentine´s Day
Fevereiro, 14.'

28 de fevereiro de 2011

Como queiras, Amor.


Já dizia o poeta 'como queiras, Amor, como tu queiras'

Acho que agora chegou a minha vez de mostrar o quanto eu te amo.
O tempo passa e o remoer do passado pode corroer.

Foi tudo tão lindo!
Passar o dia todo com você, dia sim, dia não.
Não pelos lugares, mas por estar com você.
Cada esforço seu, eu valorizo.
Só quero que você sinta falta desses dias e espere ansiosamente pelo final de semana, assim como eu.

Se o que escrevi incomoda, como queriras amor, já não está aqui.
Não significa que não escreverei, só não publicarei.
Enquanto você é discrição em pessoa, escancaro nossas vidas.

Como queiras, Amor.

Reconheço seus valores. Minha sorte.
Bom filho.
Bom músico.
Bom funcionário.
Presente.
Divertido.
Você é tantas coisas.

'Como queiras, Amor, como tu queiras. Entregue a ti, a tudo me abandono, segura e certa, num terror tranquilo. A tudo quanto espero e quanto temo (perder-te), entregue a ti, Amor, eu me dedico. Muito há que eu não conheça, que eu não saiba, e nada, não, ainda há por que eu espere e como de quem ser vida é ter destino. (...) Eu sei quanto me aguarda, de deseja, e sei até quanto tu a mim atrais. (...) Entregue a ti, porém eu me dedico àquele amor por qual sou menina me fazes mulher, sujeita ao amor que nos leva a tudo. Como tu queiras, meu Amor, como tu queiras.'


Adapt. J. de Sena

25 de fevereiro de 2011

É comum as pessoas falarem das coisas ruins que acontecem em suas vidas.
Não seria justo deixar de falar tudo de bom que estamos vivendo.
Na verdade, esse momento precisa de um texto especial. Tenho tanto a dizer sobre a beleza que é amar. Você tem me feito ver que vale a pena escolher amá-lo todos os dias.
Bem, as coisas estão corridas com relatórios e muitas coisas. Há muito não escrevo.

Prometo preparar algo bem lindo pra você. amo-te sz

28 de janeiro de 2011

Hoje.



Hoje, eu acordei estranha.
Na verdade queria que, esse estranha, fosse normal.
Acordei me sentindo a pessoa mais feliz do mundo.
Amada. Muito amada.
Lembrei-me de momentos felizes. De quando ele ficava ansioso, na espera de algum email meu, quando ligava e falava um montão todos os dias, quando davamos risadas à toa por diversos motivos (mais bobos do que nós mesmos).
Hoje, eu acordei com aquela certeza de que vale a pena.
Com uma sensação de completude.
Com um companheirismo, que caso haja algum problema, ele estará lá. Com uma responsabilidade, que caso a gente se aperte, nada há de faltar para a família. Com um respeito, que caso haja alguma discordância, não serei mal tratada nem ouvirei gritos.
Com a verdade, que foi prometida, desde o início.

Acho que acordar estranha é acordar feliz.

26 de janeiro de 2011

"É difícil para um homem entender que o que lhe parece uma obrigação é o sonho da mulher. Será que é difícil para um homem entender que a mulher não quer cobrá-lo? Na verdade a mulher só quer que seu homem seja como um príncipe que tem prazer em realizar parte dos seus sonhos para vê-la feliz. Mas quando um homem entende isso, muitas vezes é tarde demais".

20 de janeiro de 2011

Ao contemplar a rude cruz


Ao contemplar a rude cruz
em que por mim morreu Jesus,
minha vaidade e presunção
eu abandono com contrição.

Em nada quero me gloriar,
salvo na cruz de dor sem par.
Humilde, vou sacrificar
Aquilo que não agradar.

De Sua fronte, de suas mãos seus pés
fluiu perdão, que nos faz um só.
Jamais de uniu tanta dor e amor,
Jamis se viu, renúncia maior.

Se eu fosse o mundo Lhe ofertar
Ele o iria desprezar;
Seu grande amor vem requerer
minha alma, a vida e todo o ser

(Experiência com Deus)

Chegará o dia...



Se ainda se preocupa comigo, não se preocupe, estou bem. Ou melhor, ficarei bem.
Chegará o dia que um telefonema não fará falta. O dia que terei outras prioridades. O dia que estar só não será triste, porque aprendi com a solidão.
Chegará o dia que na minha página eletrônica seu nome não estará lá. O dia que serei acordada por alguém que diga que me ama, mesmo que esse alguém não tenha comigo a relação que tenho contigo.
Chegará o dia que colherei as flores de um amor verdadeiro. O dia que dormirei com rosas na cama e acordarei com um lindo café da manhã.

E mesmo que nenhum desses dias chegue, mesmo que permaneça esperando o telefonema, permaneça esperando ouvir você dizer que sente minha falta, mesmo que permaneça...

Chegará o dia de um evento importante como a realização de sonhos, mestrado, doutorado e eu esperarei alguém que vai chegar. E mesmo que pareça uma menina, dentro estará a mulher que você ajudou a amadurecer.

E de todas as certezas que eu tenho, é que chegará o dia, que eu serei forte e farei você esperar que chegue o dia.

Mas eu espero, ainda espero, porque amo você. Já não sei porque. Mas amo.

Espera.


Sabe o que é mais engraçado nisso tudo? Eu amar você. Amar você independente da minha falta de paciência, da sala da decepção, dos rios de cores cinza, do confundir das gotas de chuvas com as lagrimas nos meus olhos. O mais engraçado, senão incrível, é que mesmo com tudo me dizendo que não vale a pena, eu te amo ainda mais. Não por falta de amor próprio ou por achar que eu sou a “culpada” de alguma coisa, até porque pra mim quem é culpado nem importa tanto assim... Quando a gente decide, e isso é mesmo uma questão de decidir, o que importa é encontrar soluções. E a solução aqui não é procurar quem fez o que, mas o que precisa ser feito. Mas talvez sentar e esperar a saída cair como chuva na sua cabeça seja, pra você, a solução ideal. Pois espera chover, espera as coisas acontecerem, o mundo girar, o sol se pôr e nascer tantas vezes que um dia você vai cansar se contar. Tomara, que nessa história, um dia eu também canse de esperar.

(...)

Como num palco da minha própria vida, eu pareço não ter forças para mover minhas pernas de acordo com minha vontade. Quando pareço criar toda a coragem que eu pensei que precisava pra comandar meus passos, você vem e me fala qualquer bobagem que me volta pros dias de espera. Eu caio, me machuco, dói. Eu me curo, levanto e quando os primeiros raios de sol surgem no meu horizonte, você faz chover. Eu me molho, me desequilibro e caio. Meus ombros cansam e eu sinto o que realmente estou: uma marionete no palco de uma vida que é minha, mas que quem tem o controle das cordas é você. Mas minha sorte é uma: eu estou, não sou. E, como sempre, isso passa.



Rainha de Copas


ps.: Conheci a Rainha de Copas pelo blog de uma amiga, Guid, e a agradeço por me apresentar palavras que trazduzem bem o que sinto.

Um dos conselhos que o Pequeno Príncipe me deu

(...) Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti, e tu não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás pra mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo...

11 de janeiro de 2011

Sonhos românticos



Menina tem cada sonho.
Quando será que vou deixar de ser menina e me tornar uma mulher?
Menina sonha em ganhar uma aliança, num jantar a luz de velas, com flores; Ouvir seu amor dizer que não existe nenhuma mulher mais linda do que ela, afinal ela colocou aquele delicado vestido, que a caracteriza como a menina que é.
Menina sonha em ver alguma declaração de amor no subnick de msn do namorado.
Menina sonha em viajar para o lugar mais perfeito que exista, mesmo que seja simples, só pra chamar aquele lugar de deles, só por não haver mais ninguém a não ser ele.
Menina sonha em ver seu namorado tocar 'kiss me' ou 'Colbie Caillat' com seu instrumento e dedicar à ela.
Menina sonha em ver seu namorado chamá-la pra dançar 'Someday We'll Know' numa sacada ou numa praia.
Menina sonha em deixar de durmir agarrada com os ursinhos que o namorado deu, para dormir com ele.

Mas tudo isso é sonho de menina e por isso raramente se realiza.

Quando o sonho se transformar em sonho de mulher, a menina verá o que não deve ser a prioridade dos seus sonhos e, por isso eles tenderão a realizar-se, em sua maioria, porque tudo dependerá dela.

ame como menina, sonhe somo mulher!

Irmã.



São apenas seis anos de diferença.
Mas as vezes parece tanto.
Quase não vivemos muito tempo juntas, na verdade não vivemos.
Foram quatro, poucos, anos.
Tem uma foto, de quando você nasceu, que eu estou te segurando com todo orgulho de ser a irmã mais velha, de você eu não tinha ciúmes como tinha do nosso primo. A foto é linda, você tão bebê e flores ao lado. Eu era criança e obviamente não imaginava nada sobre nosso futuro.
Sabia que não viveríamos juntas, mas você iria crescer e a gente brincaria juntas, e a saudade quando nos vissemos seria tão grande que não haveria tempo para brigas. Meus brinquedos de menina ficavam todos na sua casa, afinal era maior. Meu quarto era seu e de verdade eu nem ligava para isso, porque alguém que eu amava muito, mesmo sem entender nada de amor, estava sendo feliz com algo que eu proporcionava. Durante isso eu brincava com o nosso primo.
Cresci.
Moramos juntas e eu me lembro de tanta coisa.
Lembro que estava em plena adolescência e você sempre queria estar comigo e eu achava um saco, mas tudo bem, fazer o quê?!
Se ia à lan house, você ia junto, se ia à Igreja, você ia junto. Enquanto a mamãe ia pra baladinha com o namorado, eu ficava com você. Lembra do dia que faltou força e eu tive a ideia (boba) de fazer o jantar a luz de velas? Você dava risada, mas no fundo adorou, pergunta até hoje se eu me lembro...
Lembro dos escandalos que você fazia quando eu saia e não te levava...
Depois eu e você deixamos a mamãe. Na casa da vó todos achavam que você daria um 'trabalhinho'. Lembra quando eu peguei você pela pele das costas e ninguém se meteu porque parecia que eu iria matar qualquer um que visse pela frente?Tem coisas que a gente não esqece mesmo. E a mamãe dizia que não tinha o direito de bater em você, até hoje não tenho certeza disso.
E agora você cresceu.
Mora com ela.
Você namora.
As poucas vezes que vou à sua casa você não está.
Enquanto você cresceu eu mudei.
Todas as vezes que vejo a mamãe falo coisas a seu respeito, ela deve está cheia disso, tantas reclamações, como se você fosse minha filha.
Nunca mais rimos juntas, nunca mais fizemos nada juntas. No fim do ano dei uma ideia de sairmos nos três juntas, como antigamente, mas você não pôde, porque estava com ele.
E por mais que eu me esforce pra gostar dele e muito mais, não consigo ver nada de bom nisso. Nas suas companhias, nas suas roupas, no seu modo de agir, de gastar tanto. Não consigo vê pureza em nada disso.
Tudo que eu palpito é para o seu bem e sei que você acha que eu só te critico, mas hoje eu sei o que é amor, e como sempre o tenho por você.
Crescemos e continuamos crescendo e você também mudou.
Antigamente tinha muito de mim em você, hoje vejo quase nada. Você também me critica muito. E quando nos vemos não é mais como era, não existe saudade, e se existe, está suprimida por mágoas.
E tudo que eu queria era saber, sentir que estaremos sempre de mãos dadas, isto é, unidas.

8 de janeiro de 2011


Quando eu começo a me arrepender de qualquer coisa que tenha escrito (de triste) sobre você; Vejo que não há motivo algum para que isso aconteça.


Coisa triste também serve para aprender.



Te Amo ♥