27 de abril de 2011

Como uma borboleta


Em constantes mudanças.
Ela estava no chão e pude a observar por longos e marcantes três segundos.
Era como me ver.
Quem fez isso com ela? Quem a impediu de voar?
Ninguém tirou suas asas, mas ela já não podia voar, parece que ela está assim já faz quase duas semanas.
Uma vez tentaram fazê-la parar de voar mas ela conseguiu fugir.
Não sei ao certo se quem a fez parar de voar, fez por querer.
Já teve vezes... uma borboleta entrou no meu quarto e para fazê-la voar a fiz pousar na vassoura e ao conduzí-la para a janela ela se machucou e não voou mais.
Talvez voar seja sinônimo de liberdade e por isso ele a faz voar, mas ao mesmo rempo estar presa lhe transmita segurança. Não sei.
Sei que ao observar a borboleta voei e por ela fui conduzida à um interior de sentimentos e emoções aos quais divido com ela. Certamente ela não queria estar ali. Vunerável, presa ao chão, mas ao mesmo tempo assim outros podiam, como eu, observá-la.
A borboleta tinha vontade de expressar tudo mas não pode falar. O que falaria para quem a condicionou àquela situação? De vôo e de prisão.
Por que sou a borboleta?

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