5 de agosto de 2013

Coração


Caminhou por um tempo e finalmente chegou à rua quatro. Lá era o ponto de encontro. Estava bem vestida para o evento. Uma das mãos segurava o coração, a outra segurava a maçaneta que estava prestes a abrir a porta. Todos a aguardavam, principalmente a vida. Percebeu que insistir era cômodo. Desistir era enfrentar o mundo. Rememorou. Parou e olhou para si. Não se reconheceu. Vivia outra vida. Ainda parada, esperava incerta. De repente abriram-lhe a porta e com o susto estourou o coração. Ganhou um presente e sorria com os olhos marejados. Receberam-na como uma princesa e escolheram tudo por ela, pelo bem do reino. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário