25 de agosto de 2013

Algum lugar




A verdade é que ela anda à procura de um sentido, e um lugar só o tem quando representa algo. Mesmo conhecendo a história de um lugar, vendo as imagens de um lugar, ouvindo as músicas de um lugar, enquanto ele não representar algo que faça sentido, a vontade de ir ao lugar inexiste. A questão é que nunca se conhece um lugar quando não se é de lá e mesmo quando é, é possível ser estrangeiro na própria morada. Quando se está fora do lugar de origem ou no mesmo lugar, conhece-se pouco, mais o banal e talvez nada do essencial, mas tem aqueles que podem dizer quase tudo. E ela está à procura. De repente conhecer alguém de um outro lugar lhe confere uma representação, consequentemente um sentido. Ver e ouvir do outro as descrições de seu lugar trás ao pensamento a vontade de ir. É mais do que todos sabem, é intimidade. É um som, um sotaque, uma cor de pele e algo a mais que é diferente. Todo lugar tem algo de seu. (Im)palpável. Dentro de si todos têm algo de seu, mas o sentido é desconhecido. E ela ainda está à procura.


Nenhum comentário:

Postar um comentário