19 de agosto de 2013

Adorno

Tem odor Adorno firmou com a Arte um
drástico acordo de driblar o demônio pelo
dístico idílico. Partiu com dor e o condor o
levou com a divida, a dúvida e a dádiva de mudar.

Ao saber da vida do ditador e da morte
do trovador que, sem pôr adornos, escondia
com ardor os escritos andores do campo
a dor de Tem odor Adorno virou dor doída

Assim a filosofia efervescia, a polícia invadia
e ficou impossível escrever poesia.

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