4 de outubro de 2016

mar

gosto como nos respeitamos
em nossa imensidão.
nos olhamos frente a frente
ele me acaricia e vai
permanecendo no mesmo lugar.
ouço o som da sua voz
e ela não me assusta,
pelo contrário
acalma
a calma, a minha alma.
a cada ida e vinda
ele deixa presentinhos
em formato de conchas.
enterro meus pés
em grãos imensuráveis
e ele me liberta.
entro em si por inteira
e ele leva consigo todo
meu o cansaço.
ele não é egoísta,
recebe a todos,
dá de si para todos
e abriga a diversidade.
com toda sua imponência
não ultrapassa os limites
que lhe imponho.
o levo em meu nome
meu amor é o mar.



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