30 de setembro de 2013

Marcas


Era um senhor negro, de  bigode, tão calvo que sua teste parecia ter dez centímetros. Em seu pescoço havia um colar, usava camisa vermelha, calça e sapato social, e uma jaqueta de esporte. Usava óculos e franzia a testa numa expressão ranzinza, mas no fundo seu olhar era muito doce. Suas mãos batiam no joelho em ritmo de samba, quando não a mão, o pé acompanhava. Não sei qual canção tocava em sua mente. Não sei se seu nome era Noel, Adoniram ou Zé, sei apenas que ele tinha um nome o qual não sei. E uma história. Uma história que, se não foi bonita até agora, desejo que seja.  

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